Parnahyba Sport Club: O Órfão Político - Parte II
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📷Potiguar e Assistente © Walter Fontenele |
O Parnahyba Sport Club é uma instituição que carrega em suas veias a história e a paixão pelo futebol piauiense. Fundado em 1º de maio de 1913, o clube é o mais antigo do estado e tem suas raízes profundamente entrelaçadas com a cidade de Parnaíba, berço do futebol no Piauí.
Apesar desse pioneirismo, o Parnahyba, ao longo dos anos, enfrentou inúmeros desafios, muitos dos quais extrapolam as quatro linhas do campo. Em 2025, a equipe viveu mais um capítulo dessa trajetória. Durante a semifinal do Campeonato Piauiense, uma penalidade inexistente foi assinalada pelo árbitro Rafael de Sousa Santos a favor do Piauí, comprometendo a vantagem que o "Tubarão" havia conquistado para o jogo de volta. Esse episódio reacendeu antigas feridas e trouxe à tona questionamentos sobre a recorrente sensação de injustiça que paira sobre o clube, quando o assunto é arbitragem.
Na ocasião, Eureliano Barros, Presidente do Parnahyba, protestou e o clube emitiu uma nota de repúdio, em suas redes sociais. Porém, essa nota foi excluída, a pedido do Presidente da Federação de Futebol do Piauí, Robert Brown Carcará. Essa atitude de conivência do clube com a Federação gerou estranheza e descontentamento da torcida e de alguns conselheiros do clube.
Questionamentos:
Por que o clube, claramente prejudicado pela arbitragem, não pode sequer se manifestar e prestar esclarecimentos aos seus torcedores, mesmo diante de um erro que resultará em graves prejuízos financeiros, especialmente para a temporada 2026? O que está por trás dessa aparente subserviência do Parnahyba à Federação? Muitos sabem a resposta, inclusive eu, mas sem as devidas provas, os fatos não podem ser expostos.
No jogo decisivo que garantiu a classificação do Piauí, a penalidade mal marcada na partida de ida, em Parnaíba, foi um dos fatores determinantes para a eliminação do Tubarão. Após o apito final, Eureliano Barros protestou e quase entrou em confronto físico com um diretor do Piauí. O desentendimento começou quando o referido diretor entregou um celular ao delegado da partida e vice-presidente da FFP, Coronel Jaime, para que ele atendesse outro dirigente da Federação. O próprio Coronel Jaime interveio para evitar o embate físico, mas não conseguiu conter as trocas de agressões verbais entre as partes.
Outro episódio curioso na relação entre Parnahyba, FFP e arbitragem ocorreu durante o duelo decisivo entre Piauí e Parnahyba. O técnico do Piauí, Renatinho Potiguar, marcou “homem a homem” o assistente Alisson Lima durante toda a partida. Ele acompanhava de perto o bandeirinha, aparentemente influenciando suas decisões sobre impedimentos, sussurrando constantemente em seu ouvido. Por que o árbitro Ludiney Rocha ou o próprio auxiliar permitiram essa interferência? Será que se fosse o treinador Arnaldo Lira o árbitro seria conivente?
Ao torcedor azulino, apaixonado pelo seu clube, ficam outros questionamentos:
Por que o Parnahyba, mesmo sendo o pioneiro do futebol no Piauí, é constantemente prejudicado pela arbitragem? Seria apenas reflexo da conhecida rivalidade entre a capital e o litoral, ou a evidência de que o Parnahyba é um clube "órfão politicamente", um "anão diplomático" e sem força nos bastidores da Federação? Será que, para ser respeitado no futebol piauiense, o Parnahyba precisaria de um "padrinho" político", como acontece com CAP, Altos e Fluminense?
Voltando à Realidade
Após mais uma eliminação traumática, é hora de o Parnahyba "ressurgir das cinzas" e encarar a realidade, especialmente no aspecto financeiro. O clube precisa repensar suas estratégias para a disputa do Brasileirão Série D.
O que fica evidente é a necessidade de qualificar o elenco para as 14 partidas que ainda virão na competição nacional. Quem chega e quem permanece? A palavra agora está com a comissão técnica do Parnahyba.
Por Walter Fontenele | Portalphb
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