Padilha Entrega a Mozart Sales o Controle de R$ 100 Bilhões da Verba da Saúde
![]() |
📷Padilha e Lula © Reprodução |
Mozart Sales é uma “velha raposa” do Partido dos Trabalhadores (PT) envolvido em escândalos de desvio de dinheiro público, nada mais normal na política brasileira. “Eu Vejo o Presente Repetir o Passado...”, disse Cazuza, em seu clássico “O Tempo Não Para”.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nomeou o petista Mozart Sales, seu ex-assessor na Secretaria de Relações Institucionais, para comandar a Secretaria de Atenção Especializada do Ministério da Saúde. A pasta, responsável por gerir o maior orçamento da área, terá à disposição R$ 100 bilhões em 2025, levantando preocupações sobre o aparelhamento político da saúde pública e reacendendo debates sobre a trajetória de Sales, marcada por casos e casos de corrupção.
Quem é Mozart Sales?
Médico formado pela Universidade de Pernambuco (UPE), Mozart Júlio Tabosa Sales é um nome conhecido no Partido dos Trabalhadores (PT) e na política de saúde brasileira. Entre 2012 e 2014, foi Secretário Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, no Ministério da Saúde, período em que coordenou a criação e implementação do programa Mais Médicos – uma das principais bandeiras do governo Dilma Rousseff. Antes disso, entre 2011 e 2012, atuou como chefe de gabinete de Alexandre Padilha, então ministro da Saúde, consolidando uma relação de confiança que agora se reflete em sua nova nomeação.
A carreira de Sales, porém, não é isenta de escândalos de corrupção - nem poderia, sendo da alta cúpula do partido político que protagonizou o maior caso de desvio de erário público da história do Brasil. Em Dezembro de 2015, durante o governo Dilma, ele foi alvo da Operação Pulso, deflagrada pela Polícia Federal (PF) para investigar desvios de recursos na Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), vinculada ao Ministério da Saúde. À época, Sales ocupava o cargo de diretor de Produtos Estratégicos e Inovação da estatal. A operação apurava a atuação de uma organização criminosa especializada em direcionar licitações e desviar verbas públicas. Um episódio marcante foi o flagrante de maços de dinheiro sendo jogados pela janela de um apartamento nas “Torres Gêmeas”, no Recife, residência do então presidente da Hemobrás, Rômulo Maciel Filho, principal alvo da investigação. Por fim, Sales e o os outros envolvidos foram absorvidos de suas culpas, algo corriqueiro na "Republiqueta dos Bananas".
Por Walter Fontenele | Portalphb com informações de OUL.
Deixe Seu Comentário