Infraestrutura e Capacidades: O Que Falta Para os Estádios Piauienses Sediarem Grandes Competições?
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📷Estádio Pedro Alelaf - Parnaíba © Walter Fontenele |
O futebol piauiense possui uma forte tradição, especialmente nas cidades do interior, onde os estádios desempenham um papel essencial na realização de partidas de campeonatos estaduais e nacionais. Todavia, para que esses estádios possam sediar jogos oficiais, precisam atender às exigências da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que estabelece critérios mínimos para segurança, infraestrutura e capacidade de público.
Essa polêmica veio à tona com a recente reprovação do Estádio Pedro Alelaf pela CBF para a partida entre Parnahyba e Confiança, válida pela primeira fase da Copa do Brasil. O jogo foi transferido para o Albertão, em Teresina, devido à capacidade mínima exigida pela entidade, que é de 4 mil lugares, não ter sido atestada pelo laudo do Corpo de Bombeiros, que autorizou apenas 2.600.
Capacidade e Infraestrutura dos Estádios no Interior do Piauí
Atualmente, os principais estádios do interior do estado possuem capacidades que variam entre 3.000 e 5.830 torcedores. Vale ressaltar que essas informações podem apresentar variações dependendo da fonte de pesquisa, podendo haver divergências nos dados divulgados. Confira a relação de alguns dos estádios e suas respectivas capacidades:
- Estádio Ytacoatiara (Piripiri) - 5.830 espectadores;
- Estádio Tibério Nunes (Floriano) - 5.398 espectadores;
- Estádio Juca Fortes (Barras) - 5.000 espectadores;
- Estádio Helvídio Nunes (Picos) - 5.000 espectadores;
- Estádio Deusdeth de Melo (Campo Maior) - 4.000 espectadores;
- Estádio Gérson Campos (Oeiras) - 4.000 espectadores;
- Estádio Mão Santa (Parnaíba) - 4.146 espectadores;
- Estádio Manoel Freitas Soares - “Duduzão” (Luís Correia) – 3.000 espectadores.
O Que Diz a CBF?
A CBF determina, por meio de seu Regulamento Geral de Competições (RGC), que estádios que sediam partidas das Séries C e D do Campeonato Brasileiro devem contar com estruturas mínimas que garantam conforto e segurança ao público, jogadores e equipe técnica. Entre os critérios principais, destacam-se:
Capacidade Mínima: Para competições da Série D do Campeonato Brasileiro, a exigência mínima de capacidade é de 3.000 lugares. Já na Série C, o mínimo sobe para 4.000 lugares. No caso do Piauí, apenas o Estádio Duduzão, em Luís Correia, apresenta capacidade no limite mínimo da Série D, enquanto os demais estão aptos para esta divisão. Para a Série C, somente estádios como o Ytacoatiara, Tibério Nunes e Juca Fortes atenderiam aos critérios;
Infraestrutura de Segurança: A CBF exige que os estádios possuam saídas de emergência devidamente sinalizadas, sistemas de combate a incêndios, vistorias técnicas atualizadas e barreiras de separação entre torcida e jogadores;
Iluminação Adequada: Para jogos noturnos, a iluminação mínima exigida é de 500 lux para a Série D e 800 lux para a Série C, garantindo visibilidade para atletas, arbitragem e transmissão televisiva. Neste quesito, todos os estádios do interior precisam de melhorias, para receberem partidas à noite;
Vestiários e Condições Sanitárias: Os estádios precisam oferecer instalações adequadas para jogadores e equipe de arbitragem, incluindo vestiários com chuveiros, sanitários e espaços de aquecimento;
Gramado e Estruturas Técnicas: O gramado deve estar em boas condições para o jogo, e os estádios devem contar com cabines de imprensa para transmissões, além de espaço para arbitragem de vídeo (caso necessário).
Apesar da paixão pelo futebol no interior do Piauí, muitos estádios enfrentam dificuldades para atender às exigências da CBF. Investimentos em infraestrutura, iluminação, segurança e conforto são essenciais para que essas praças esportivas possam sediar jogos de maior relevância no cenário nacional. A falta dessas adequações não apenas compromete o espetáculo, mas também causa transtornos aos torcedores, que são obrigados a se deslocar para outras cidades para apoiar suas equipes.
Por Walter Fontenele | Portalphb
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