Controle Financeiro, Promessas Econômicas e o Brasil Continua Ladeira Abaixo

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Uma grande preocupação atual gira em torno do aumento do controle sobre as transações financeiras no Brasil. Embora o governo tenha afirmado que não haverá taxação sobre o PIX, essa promessa não garante que, no futuro, a situação não mude. Vale lembrar que este mesmo governo, durante a campanha eleitoral, afirmou que não poderia ser associado a regimes autoritários, mas hoje apoia Nicolas Maduro. Prometeu acabar com o orçamento secreto, mas o manteve e ainda ampliou os gastos no cartão corporativo, além de impor sigilo sobre despesas pessoais, como as compras da Janja. Também garantiu que não aumentaria impostos, mas já vimos medidas que contradizem essa promessa.

Essas contradições alimentam a desconfiança de que, em algum momento, novas formas de arrecadação possam ser implementadas, afetando diretamente a população. Recentemente, foi noticiado que transações via PIX acima de R$ 5.000, para pessoas físicas, e R$ 15.000, para pessoas jurídicas, poderão ser monitoradas, com possibilidade de incidência de Imposto de Renda. O problema não está apenas nas grandes movimentações, mas na soma das pequenas transações diárias.


Imagine, por exemplo, uma diarista que recebe pagamentos diários de R$ 200. Ao longo do mês, suas movimentações podem facilmente ultrapassar R$ 5.000, mesmo sem representar lucro real. Da mesma forma, um vendedor ambulante de milho que recebe diversos pagamentos via PIX pode ser prejudicado. O faturamento não representa o lucro, pois há custos com matéria-prima e operação. Ainda assim, essas pessoas poderão ser incluídas na base de contribuintes do Imposto de Renda.

Esse cenário de vigilância financeira gera insegurança, especialmente para os trabalhadores informais, que representam quase 50% da população economicamente ativa no Brasil. Muitos pequenos empreendedores já estão recusando o PIX, temendo tributações futuras. Essa situação revela um controle pelo controle, sem a mesma diligência para reduzir gastos públicos.

Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo pretende manter a isenção do Imposto de Renda em 2025 para quem ganha até dois salários mínimos. A orientação veio diretamente do presidente Lula, mas a medida ainda não consta no orçamento que será votado pelo Congresso. Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.518,00.

Apesar da promessa de campanha de isentar rendimentos de até R$ 5.000,00 o governo ainda não apresentou um plano concreto para essa reforma do Imposto de Renda. A isenção sem corte de gastos aumenta o déficit, desvaloriza a moeda, eleva a inflação e reduz o poder de compra da população.


Recentemente, foi anunciado o programa “Pé de Meia” para professores, oferecendo bolsas de R$ 150,00 para incentivar a licenciatura. No entanto, o próprio governo admitiu que ainda não sabe como financiar esse benefício. Esse padrão de anunciar benefícios sem apresentar fontes de recursos reforça a preocupação com o equilíbrio fiscal.

Se o governo não for claro e transparente, a confiança continuará a se deteriorar. O resultado pode ser um real ainda mais desvalorizado frente ao dólar e a consequente alta dos preços, penalizando ainda mais a população.

Da Redação Portalphb

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