Estudante de medicina morre por complicações de doença rara

Maria Clara Saboia
📷Maria Clara Sabóia © Reprodução
🏠Parnaíba (PI)

Maria Clara Sabóia fazia medicina em Parnaíba e é filha do médico e ex-prefeito de Luzilândia Vicente de Sabóia.

A estudante de medicina Maria Clara Sabóia, de 23 anos, faleceu na tarde desta segunda-feira (14), após uma batalha contra a Porfiria Aguda Intermitente, uma doença rara que afeta o sistema neurológico. Internada desde maio no Hospital Prontomed, em Teresina, Maria Clara enfrentava complicações graves da doença.

Filha do médico e ex-prefeito de Luzilândia, Dr. Vicente de Sabóia, Maria Clara estudava medicina em Parnaíba, no litoral do Piauí, mas teve que interromper seus estudos para se dedicar ao tratamento. Os primeiros sintomas da doença apareceram no início deste ano, quando ela perdeu os movimentos dos braços e das pernas e passou a sentir dores intensas. Após uma série de exames, foi diagnosticada com Porfiria Aguda Intermitente, que causa graves crises neurológicas.


Sua irmã, Maria Arlene Sabóia, anunciou a morte nas redes sociais, informando que o velório será reservado para familiares e amigos próximos.

A família chegou a realizar campanhas de arrecadação para custear o tratamento, já que o medicamento Panhematin, utilizado no combate à doença, tem um custo médio de R$ 56 mil por dose.

Sobre a doença

Segundo o Conselho Regional de Medicina do Paraná, a Porfiria Aguda é uma doença genética rara, de difícil diagnóstico. Os pacientes podem apresentar crises agudas com dor abdominal severa e disfunções neurológicas e psiquiátricas. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar o acúmulo tóxico de precursores metabólicos no organismo.

As porfirias são um grupo de oito doenças genéticas raras, todas causadas por deficiências enzimáticas na biossíntese do heme, resultando na superprodução e acúmulo de substâncias tóxicas. Os sintomas podem se assemelhar a diversas outras condições, como fibromialgia, hepatite, síndrome de Guillain-Barré e doença de Crohn. Apesar de não haver cura, é possível tratar as crises e prevenir novos episódios.

Por Oscar de Barros (Pensar Piauí)

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