Em entrevista, Zé Hamilton esclarece à população o problema, atribuído a sua gestão, da região do Piscinão
📷Pré-candidato, Zé Hamilton © WayCast |
O ex-prefeito José Hamilton Furtado Castello Branco, Zé Hamilton (PRD), que ocupou o cargo de prefeito de Parnaíba de 2005 a 2012, recentemente participou do Podcast Waycast, no Youtube, onde abordou seus oito anos de mandato e compartilhou seus planos, em caso de vitória nas próximas eleições municipais.
Um assunto frequentemente ligado ao ex-prefeito Zé Hamilton é a questão contínua do Piscinão, que gera diversos problemas e prejuízos para a população, especialmente durante os períodos chuvosos. Em uma entrevista recente ao Podcast, WayCast, Zé Hamilton abordou essa questão e compartilhou algumas perspectivas esclarecedoras. A seguir, apresentaremos uma síntese das suas considerações, adaptando algumas palavras, sem comprometer o contexto, para facilitar a fluidez do texto.
Durante meu mandato como prefeito, tomei a iniciativa de encomendar um projeto para solucionar o problema do Piscinão. O projeto foi elaborado pelo Coronel Boa Vista, um empresário comprovadamente responsável e com todas as evidências de capacidade para executar o projeto. Naquela época, o custo estimado era de cerca de R$ 9 milhões. É importante ressaltar que o Piscinão não se limita apenas ao alagamento visível; trata-se de uma área extensa, uma bacia que contribui significativamente para esse problema.
Naquela ocasião, obtive recursos no valor total de R$ 5 milhões, através do Senador João Vicente Claudino, sendo o restante da responsabilidade da Prefeitura. Em seguida, busquei informações na empresa do Coronel Boa Vista sobre o prazo para a execução da obra. Fui informado de que o projeto demandaria no mínimo dez meses para ser concluído. Após uma análise financeira, constatei que durante esse período teria a possibilidade de destinar R$ 500 mil mensais dos cofres municipais para complementar o orçamento, embora isso exigisse sacrifícios em outras áreas.
Minha primeira medida foi formar uma comissão composta por moradores da região, a fim de que pudessem acompanhar todo o processo licitatório. Após a conclusão desse processo, recebi as informações referentes à empresa vencedora.
O projeto estava vinculado à Caixa Econômica Federal, o que significava que a Prefeitura não teria controle direto sobre o pagamento da obra. Caberia à Caixa realizar as medições do progresso da obra e ser responsável pelos pagamentos. No entanto, ao constatar a falta de capacidade da empresa selecionada para executar o projeto, fiquei desapontado com o resultado da licitação. Apesar disso, como prefeito, estava ciente de que não poderia interferir no processo de seleção da empresa. Assim, a comissão designada acompanhou todos os detalhes e, embora contrariado, autorizei o início da obra.
Após alguns meses do início da obra, a empresa apresentou uma primeira medição no valor aproximado de R$ 1.800,00. Diante do contraste entre esse valor irrisório e o montante total da obra, que era de R$ 9 milhões, ficou evidente para mim que a empresa não estava apta a realizar o projeto. Expressando minha preocupação, comuniquei ao representante da empresa que eles não teriam condições de concluir a obra. No entanto, mesmo com minha ressalva, a Caixa Econômica Federal efetuou o pagamento dos R$ 1.800,00.
Após aproximadamente mais dois meses, a empresa apresentou outra medição, desta vez um pouco acima de R$ 2 mil. Diante dessa situação preocupante, fui contatado por representantes da Caixa Econômica Federal, os quais me alertaram sobre a incapacidade da empresa em concluir o projeto. Decidi, então, convocar o representante da empresa e solicitei uma conversa com o proprietário. Este último compareceu e propôs adiantar um determinado valor para acelerar o andamento da obra. Porém, esclareci que não tinha autoridade para adiantar pagamentos, uma vez que somente a Caixa Econômica Federal possuía essa prerrogativa, mediante as medições realizadas.
Diante dessa situação insustentável, informei aos representantes da empresa minha decisão de solicitar o cancelamento da licitação, visando à realização de um novo processo seletivo. Após o cancelamento, a empresa, por meio de recursos judiciais, obteve a reintegração da obra em sua responsabilidade. No entanto, optei por não ceder à pressão e mantive minha posição. Infelizmente, esse impasse resultou no encerramento do processo, sem a conclusão da obra.
Após meu mandato, entreguei a gestão da Prefeitura ao Dr. Florentino. Naquele momento, ainda restavam os R$ 5 milhões provenientes da emenda do Senador João Vicente. Contudo, em um desdobramento lamentável, pouco tempo depois, esses recursos foram devolvidos ao Governo Federal, devido à não execução da obra planejada.
A entrevista completa com o pré-candidato à Prefeitura de Parnaíba, Zé Hamilton, no Podcast WayCast, está disponível para visualização no YouTube. Acesse pelo link: https://youtu.be/Ny3OpazOASg.
Por Walter Fontenele | Portalphb
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