O calote do Governo do Estado no Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos em Parnaíba
📷Imagem ilustrativa |
O Proaja, aquele programa fake de alfabetização de jovens e adultos, começa a fazer água também na ponta da execução. Em Parnaíba, dezenas de professores tomaram um calote do Instituto Brasil de Gestão e Desenvolvimento Humano. Os professores começaram o ciclo de quatro meses de aula, em 16 de janeiro com encerramento previsto para 16 de maio. Só que faz três meses que os professores não veem a cor do dinheiro – um calote que não é explicado nem pela Seduc nem pela entidade contratada.
Para piorar, sem qualquer aviso ou razão, o Instituto Brasil, que recebeu R$ 5 milhões para alfabetização de cinco mil pessoas, suspendeu as aulas – o que pode, aliás, configurar quebra de contrato, mesmo em um programa eleitoreiro como esse. Criou-se uma redoma de mistério sobre isso e quem tenta obter informações sobre quando as aulas serão retomadas fica sem resposta. Não há respostas da Seduc e o instituto diz que não tem o dinheiro para pagar os professores. Quem reclama é excluído do grupo no WhatsApp, ou seja, sem aulas de alfabetização, mas com o cancelamento dos professores – que são a parte fraca dessa cadeia em que empresas companheiras estão promovendo uma gastança de dinheiro que pode até não resultar na luz do conhecimento, mas está abrindo caminhos eleitorais.
Porque as entidades credenciadas têm apadrinhamentos com políticos petistas, que poderiam ser favorecidos pelo pulo do gato do programa, o Bolsa Analfabetismo, como já se mencionou nesta coluna nos tempos em que o titular estava no comando.
Mesmo que tenha sido o programa montado às pressas e com insulto a qualquer técnica de planejamento, existe nele a engenhosidade de dar aos alunos matriculados, chamados de alfabetizandos, uma bolsa-auxílio de R$ 400. São R$ 100 após 30 dias da matrícula para quem for a 75% das aulas, R$ 100 após 90 dias, desde que cumprida a carga horária mínima e R$ 200 ao fim do curso, com a certificação, ou seja, um pedaço de papel com carimbo oficial, dando conta de que a pessoa foi alfabetizada. Mesmo que não tenha sido ou mesmo que já seja alfabetizada, com matrícula no curso tão-somente para pegar os R$ 400.
O furo em Parnaíba pode mostrar que o programa faz água, literalmente. Tomara que aderne e vá a pique, pois será mais barato para o povo do Piauí que esse despudoramento de se fingir fazer educação quando se faz alguma coisa que nem nominada pode ser. Marca do governo Wellington Dias.
Por Portalaz
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