Em áudio, Mamãe Falei diz que ucranianas “são fáceis, pois são pobres”
📷Deputado Arthur Do Val |
Na Ucrânia, sob o pretexto de auxiliar a resistência local contra a invasão russa, o deputado estadual paulista Arthur do Val (Podemos), conhecido como "Mamãe Falei", enviou áudios a colegas do Movimento Brasil Livre (MBL) com uma série de comentários machistas sobre as refugiadas ucranianas.
Nas mensagens o parlamentar afirma que as refugiadas que ele encontrou na fronteira entre a Eslovênia e a Ucrânia “são fáceis, porque são pobres”. Ele diz também que a fila de baladas brasileiras “não chega aos pés da fila de refugiados aqui”.
“Vou te dizer, são fáceis, porque elas são pobres. E aqui minha carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais. Não peguei ninguém, mas eu colei em duas ‘minas’, em dois grupos de ‘mina’, e é inacreditável a facilidade”, diz o deputado.
“Só vou falar uma coisa para vocês: acabei de cruzar a fronteia a pé aqui, da Ucrânia com a Eslováquia. Eu juro, nunca na minha vida vi nada parecido em termos de ‘mina’ bonita. A fila das refugiadas… Imagina uma fila sei lá, de 200 metros, só deusa. Sem noção, inacreditável, fora de série. Se pegar a fila da melhor balada do Brasil, na melhor época do ano, não chega aos pés da fila de refugiados aqui”, diz o deputado estadual em outro áudio.
Em outro trecho das mensagens, o parlamentar baixa ainda mais o nível e diz ter encontrado garota que, “se ela cagar, você limpa o c* dela com a língua”.
“Mano, estou mal. Passei agora, 4 barreiras alfandegárias, duas casinhas pra cada país. Eu contei, são 12 policiais deusas. Que você casa e faz tudo que ela quiser. Eu estou mal, cara, não tenho nem palavras para expressar. Quatro dessas eram minas que, você, se ela cagar, você limpa o c* dela com a língua. Inacreditável. Assim que essa guerra passar, eu vou voltar para cá”, diz o deputado estadual.
Procurada, a assessoria de imprensa do parlamentar diz estar tentando entrar em contato com o deputado. A diferença de fuso horário entre o Brasil e a Ucrânia é de cinco horas.
Por Igor Gadelha (Metrópoles)
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