PF faz um balanço de operação que desarticulou organização criminosa entre servidores do INSS
📷Coletiva de imprensa da Policia Federal. ((c))PF |
A Polícia Federal divulgou na última sexta-feira (28) o resultado da “Operação Falsários”. A operação tinha o intuito de desarticular uma organização criminosa especializada na concessão fraudulenta de benefícios de salário-maternidade e aposentadoria por idade rural no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A coletiva de imprensa contou com participação dos Delegados da Polícia Federal, Reinaldo Camelo, Albert Sérvio e Nivaldo Feitosa, e do Chefe da Delegacia Regional da Polícia Federal em Parnaíba, Carlos Alberto Nascimento. Na conferência, foi destacado que as ações criminosas se davam principalmente entre Parnaíba, Luís Correia e Camocim, sem um perfil criminal definido.
“É um perfil muito variado de pessoas. Não são só pessoas de baixo perfil econômico, é muito variado o espectro de pessoas que se utilizam desse tipo de esquema para receber dinheiro indevido e eles atuavam principalmente entre Parnaíba, Luís Correia e Camocim, região entre o Piauí e uma parte do Ceará, além de uns benefícios que foram trabalhados também em Teresina.”
Albert Sérvio afirmou ainda que existia uma divisão clara de tarefas e explicou como os servidores fraudulentos atuavam. A organização criminosa chegou a causar um prejuízo de R$ 11,2 milhões, em valores já sacados, ao INSS.
“Tinha uma divisão muito clara de tarefas, em que existia um núcleo de arregimentadores, que eram pessoas especializadas em buscar falsos beneficiários. Essas pessoas eram recrutadas não só no Piauí mas também no Estado do Ceará. Essas pessoas que eram regimentadas cediam seus dados pessoas e, a partir desses dados, os integrantes da organização criminosa produziam documentos falsos e davam entradas em pedidos de benefícios, principalmente de aposentadoria. Imediatamente após o protocolo do pedido de benefício, esses pedidos eram direcionados ao servidor, envolvido na organização criminosa, que providenciava de imediato o deferimento desses requerimentos , mesmo esses requerimentos estarem sem a mínima documentação adequada em processos semelhantes”, explicou.
Segundo o delegado, o pagamento das vantagens indevidas ocorria logo após o deferimento dos benefícios.
“O beneficiário era acompanhado pela organização criminosa até as agências bancárias para fazer empréstimos consignados. O dinheiro arrecadado com esses empréstimos era destinado ao pagamento das vantagens indevidas. Daí pra frente, o falso beneficiário ficava recebendo a falsa aposentadoria por tempo indeterminado”
A ação resultou no cumprimento de oito mandados de busca e apreensão, além da prisão de quatro mulheres e um homem. Foram apreendidos, ainda, R$51 mil e dois veículos.
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Por Folha do Piauí
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