Secretário Rubens Pereira define ações contra facções criminosas no Piauí
📷Foto de Reprodução |
O secretário de Segurança Pública do Piauí, coronel Rubens Pereira, reuniu a portas fechadas, na manhã desta segunda-feira (10), representantes do GAECO, Secretaria de Justiça, Polícia Militar e a Polícia Civil do Piauí e do Maranhão para definir as ações que serão executadas contra organizações criminosas no estado, especialmente facções que estão promovendo uma onda de homicídios na Capital.
De acordo com o secretário de Segurança, durante o encontro houve a definição de que serão realizadas operações programadas com a participação dos órgãos de inteligência frente às últimas mortes. “Nós saímos daqui com o planejamento de algumas operações que vamos desencadear em algumas regiões que estão sendo afetadas por esses homicídios de forma prática e mais urgente, mas também um realinhamento dos órgãos de inteligência. Se for possível vamos fazer uma frente de trabalho para unir forças, inclusive, a delegacia regional de Timon esteve presente”, pontuou.
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Rubens Pereira reforçou que os trabalhos entre os órgãos estão sendo intensificados, principalmente com a troca de informações das delegacias especializadas em homicídio (DHPP) e tráfico de drogas (DEPRE).
“Essa reunião faz parte de um realinhamento estratégico de ações para combate ao crime organizado, é uma realidade que nós estamos vivendo e a população está vendo. Há uma repercussão, inclusive, nesses últimos homicídios pela forma como eles foram realizados e nós precisamos nos unir. Então reunimos aqui o Ministério Público e também as especializadas da Polícia Civil e a Polícia Militar de forma que nós traçamos alguns planos que vamos colocar em prática, principalmente, na área da inteligência, no alinhamento estratégico entre as especializadas que investigam crimes separadamente, mas têm uma relação entre elas, como homicídio e tráfico de drogas”, explicou.
Ministério Público
De acordo com o promotor de Justiça, José William Pereira Luz, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), o Ministério Público discutiu estratégias para otimizar a atuação das autoridades policiais no combate às organizações criminosas.
“O Ministério Público tem acompanhado todas as reuniões com a Secretaria de Segurança, policiais civil e militar, tentando ver a solução para a questão das facções criminosas na atuação coordenada, o poder público está trabalhando para tentar resolver essas questões. O Ministério Público funciona como um defensor daquilo que a polícia faz junto ao Judiciário, a polícia investiga e o Ministério Público denuncia. O GAECO atua em uma rede em que todo o setor policial trabalha para que nenhuma atuação contra facções criminosas seja feita apenas por uma instituição, porque de forma individual não se consegue chegar ao objetivo final de uma investigação como essa”, explicou.
Coordenação das ações
De acordo com o promotor José William, a representante do GAECO, promotora Débora Geana sugeriu uma coordenação com o uso de inteligência artificial para diminuir a burocracia existente no Estado brasileiro.
“O Ministério Público sugeriu um sistema de coordenação através do uso da inteligência virtual para uma atualização mais célere do sistema de informação da própria polícia. Às vezes a burocracia do Estado, das investigações e as limitações legais, travam as investigações e fazem com que criminosos acabem ficando na rua e precisamos nos coordenar para que as respostas sejam mais rápidas e eficientes”, pontuou o promotor José William.
Ainda conforme o representante do GAECO, os levantamentos mostram que, se comparado com estados vizinhos, atualmente, o Piauí não abriga uma quantidade de facções que fuja do controle da segurança do Estado. Ele afirmou ainda que as reuniões também são uma forma de prevenir que o Piauí chegue em uma situação crítica e de descontrole.
“O Piauí ainda é um corredor, não é um local ainda de grande efervescência de facções criminosas, apesar de que há conflitos no estado como há em todo o país, mas nós não temos uma situação tão caótica como em outros estados, a exemplo do Maranhão e Ceará. Também não precisamos chegar nesse nível para atuar, então essas reuniões que estamos fazendo têm o objetivo de evitar que o Piauí chegue nessa situação de um descontrole total”, finalizou.
Ausência do Poder Judiciário
Conforme o secretário de Segurança, coronel Rubens Pereira, o Poder Judiciário foi convidado, mas não compareceu. Apesar disso, ele afirmou que haverá um esforço para integração do Judiciário em sugestões para auxiliar os demais órgãos.
“O judiciário foi convidado, mas por algum motivo não veio. Nós vamos até o presidente do Poder Judiciário conversar com ele, mostrando essa realidade e pedindo também sugestões dentro daquilo que discutimos com o Ministério Público”, acrescentou.
Por GP1
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